Padre Gesualdo Fiorini

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MEIO SÉCULO DA VIDA DE UM ITALIANO DE S.NICOLAU, OU DE UM BOM SANICOLAENSE DA ITÁLIA INTEIRAMENTE DEDICADO À ILHA DE SÃO NICOLAU

“… enérgico ao volante, sempre atarefado, desdobrando entre suas múltiplas funções de sacerdote e líder espiritual, pescador de almas e empreendedor de obras sociais, promotor de actividades culturais, ocupações que manteve até há bem pouco tempo, quando a idade e problemas de saúde forçaram-no a abrandar o ritmo de vida que levou”. Gesualdo Fiorini, italiano de nascimento, nicolaense do coração, um Homem de bem.

De Padre Gesualdo, escreve José Cabral

“Do excelente trabalho pastoral desenvolvido pelo Frei Gesualdo Fiorini, acredito que a muito poucos, possa ter passado despercebido; Não estou certo é se a compreensão da sua intervenção nos domínios sociais e de desenvolvimento humano das comunidades por onde passou, estarão ao nível da sua real dimensão.

“Com efeito, Padre Gesualdo corporizou o papel que a igreja pode ter junto da sociedade, sem descorar a sua principal missão de evangelização.

“Propositadamente escusamos a avaliar o seu desempenho como sacerdote, por se tratar de uma matéria subjectiva, cuja avaliação deve ser feita por cada um individualmente.
“Conheci o Padre Gesualdo nos meados da década de setenta. Assistia a seus longos diálogos com meu pai e com o Pastor Nazareno Rev. Daniel Barros, pessoa amiga com quem ele privava, designadamente à volta da vida espiritual do povo da ilha. Não obstante serem Evangélicos, cultivava com eles uma profunda amizade, indiferente aos pontos de vista necessariamente divergentes, gesto que encerrava valores como compreensão, tolerância, nalgumas circunstâncias, aceitação. Eu achava estranho, porque a ideia que se tinha, era de confrontação entre as duas doutrinas.

“É inquestionável que S. Nicolau deve muito do que hoje é, a esse notável ser humano de muita fé, na mesma medida de trabalho e obras. Anteviu, acreditou e por isso apostou nas potencialidades de S.Nicolau, numa altura em que poucos descortinavam e muito menos admitiam. Veja-se o caso de Tarrafal, cujo desenvolvimento muito lhe deve. Padre Gesualdo cuidou da alma do povo, mas teve em conta as necessidades sociais, intelectuais, morais e materiais. Afinal, ”De pão também vive o homem”.

“Tive o privilégio de voltar a conviver de perto com ele durante a década de noventa, no exercício de minhas actividades profissionais em Tarrafal, e depois ligado à Autarquia de S.Nicolau, e recentemente à do Tarrafal de S.Nicolau.

Descobri que muito pouco havia mudado do padre Gesualdo de décadas atrás; enérgico ao volante, sempre atarefado, desdobrando entre suas múltiplas funções de sacerdote e líder espiritual, pescador de almas e empreendedor de obras sociais, promotor de actividades culturais, ocupações que manteve até há bem pouco tempo, quando a idade e problemas de saúde forçaram-no a abrandar o ritmo de vida que levou.

“Seremos lhe eternamente gratos. Não tenho dúvidas de que seu nome ficará para sempre associado à ilha de S.Nicolau”
José Cabral

 

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